Capítulo 56
Capítulo 56
Liliane ficou sem palavras por um momento.
Desde que entrou na mansão, percebeu que o humor de Eduardo se tornou
melancólico.
Uma aura de tristeza pairava sobre ele, tornando difícil respirar.
Meus pais já faleceram, deixando apenas uma irmã, cujo paradeiro é desconhecido.
– Começou Eduardo, ele entregou a Liliane um álbum de fotos retirado da estante,
continuou. Acredito que, ao ver essas fotos, você entenderá melhor e não terá mais
ressentimentos contra mim.
–
Ao folhear o álbum, Liliane viu várias fotos de mulheres e uma menina pequena.
Conforme virava as páginas, um sentimento de culpa começou a surgir.
Parecia que, da última vez, Eduardo não mentiu, suas características faciais eram
surpreendentemente parecidas com as da sua mãe e da menina.
No entanto, ela tinha sua própria mãe.
Liliane devolveu o álbum para ele.
– Eu julguei errado da última vez. Desculpe. Espero que você encontre sua irmã em
breve. Desculpou–se Liliane.
Eduardo olhou fixamente para Liliane por um momento antes de concordar.
Se você não souber para onde ir, pode ficar aqui. – Disse ele.
Liliane não estava acostumada a ficar na casa de alguém que mal conhecia.
– Sr. Eduardo, você poderia me emprestar seu celular? Pediu Liliane.
Ele passou o celular para Liliane.
– Não precisa me chamar assim, pode me chamar pelo nome. – Disse Eduardo.
Liliane sorriu de leve, ligou para Marcela.
Depois de algumas palavras, ela devolveu o celular para ele. Property © of NôvelDrama.Org.
–
Minha amiga está vindo me buscar em breve. Obrigada. Agradeceu Liliane.
Marcela chegou à porta de Eduardo em apenas alguns minutos.
Liliane se despediu dele e entrou no carro de Marcela.
Lili, quem é esse cara bonito? – Perguntou Marcela, os olhos dela brilhavam.
– O herdeiro da família Lima, Eduardo. Respondeu Liliane.
Ao ouvir que era alguém de uma das três grandes famílias, Marcela não fez mais perguntas. Ela começou o carro.
O que está acontecendo? E seu celular? Continuou Marcela.
Tive uma briga com William e saí sem o celular. Explicou Liliane, suspirando.
–
Liliane, você está entrando no modo “loucura por gravidez“? – Brincou Marcela, perplexa.
Liliane olhou para Marcela com uma expressão de repreensão.
– Marcela, pode me ajudar a encontrar uma casa nos arredores? – Pediu Liliane.
–
– Você tem certeza? Marcela estava surpresa. Não vai tentar conquistar o Sr.
William de volta?
Se fosse você, roubaria um homem que já foi de outra mulher? – Zombou Liliane,
com um sorriso amargurado.
Marcela arregalou os olhos.
Você quer dizer que Mavis transou com o chefe? – Perguntou Marcela, atónita.
Foi o que ela disse, além do mais, estão prestes a ficar noivos. Acho que é hora de me separar dele de uma vez por todas. Confirmou Liliane.
Marcela de repente parou o carro, olhando séria para Liliane.
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–
Como amiga, sinto que é meu dever te lembrar mais uma vez. O filho não é só seu, você deveria sondar os sentimentos do chefe primeiro. Se ele não quiser, eu ajudo você a encontrar uma casa. Se ele quiser, não posso me intrometer. Disse Marcela,
com seriedade.
–
Com os olhos baixos, Liliane sabia que Marcela estava certa, mas ainda hesitava em
enfrentar a situação.
Ela temia ouvir palavras dolorosas.
Ainda temia que William, ao rejeitar ela, suspeitasse e ao descobrir sobre o filho, a pressionasse a fazer um aborto.
– Lili, por que você está hesitando? – Indagou Marcela.
Liliane parecia desolada.
Não suporto perder esse bebê e não quero usar a criança para obter algo que não
me pertence. Disse Liliane.
O bebê era sua única família no mundo e ela não permitiria que ninguém o
machucasse.
– Sondar, não é revelar, certo? – Insistiu Marcela.
Vamos ver.- Respondeu Liliane.
No dia seguinte cedo, Marcela e Liliane foram juntas para a empresa.
Liliane, que passou a noite considerando suas opções, se sentou diante do computador no escritório e começou a redigir uma carta de demissão.
A melhor maneira de romper todos os laços com William era se afastar completamente dele.
Trinta minutos depois, Liliane imprimiu a carta de demissão.
Enquanto se dirigia para colocar ela na mesa de William, ouviu a voz de Mavis do
lado de fora da porta.
– William, se a secretária Liliane estiver grávida do seu filho? O que você faria? – Perguntou Mavis.
A pergunta de Mavis fez Liliane congelar, seu rosto empalideceu.
–
– Não permitiria que uma amante tivesse meu filho. A resposta fria de William veio logo em seguida.
A amargura se espalhou no coração de Liliane.
Ela sempre soube que uma amante sem dignidade não tinha o direito de engravidar.
Com aquelas palavras, a porta do escritório se abriu.
William e Mavis entraram e viram Liliane parada no lugar.
–
Secretária Liliane, você chegou muito cedo. Disse Mavis, lançando um olhar de
desprezo.
Liliane, se forçando a reprimir suas emoções.
Senão como eu saberia que a vice–gerente Mavis está tão interessada na minha vida pessoal? – Respondeu Liliane, com ironia.
Mavis olhou com desanimo para William.
– William, acho melhor eu ir trabalhar primeiro. Disse Mavis.
William assentiu com a expressão séria.
Após fechar a porta, Liliane se aproximou e entregou a carta de demissão a William.
– Sr. William, pelo bem dos três anos que passamos juntos, eu imploro que, pela última vez, me deixe partir. Pediu Liliane.
William baixou o olhar e viu carta de demissão, seu rosto escureceu num instante.
– Uma noite fora de casa e você me entrega isso sem uma explicação? Questionou
William.
Liliane encarou ele sem expressão.
As explicações servem para algo? – Retrucou Liliane.
Se explicações fossem úteis, ele teria suspeitado dela repetidamente?
William estreitou com frieza os olhos, se aproximando de Liliane.”
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Por outro homem, você pode até deixar de lado o ódio. Liliane, eu julguei você
errado. Comentou William, apático.
Capítulo 57