Capítulo 31
Capítulo 31
Capítulo 31
No dia seguinte, Inês pediu a Santiago que levasse seu filho para a escola e, depois, sentou–se sozinha no ateliê, perdida em pensamentos. Depois de tomar alguns goles de café, que tinha um sabor amargo e reconfortante ao mesmo tempo, ela colocou a xícara de lado e suspirou.
Quando Santiago voltou, viu a expressão melancólica dela e acariciou sua cabeça, fazendo seus fios macios deslizarem entre seus dedos. Ele perguntou: “O que você está pensando?”
Inês olhou para seu irmão e disse suavemente: “Estou pensando se devemos aceitar aquela proposta de parceria com Dionisio.”
Santiago parou seu gesto e, olhando para ela, murmurou: “Inês, se você não quer, não precisa se forçar…”
Ela balançou a cabeça e respondeu: “Não… Eu concordo com o que Dionisio disse, algumas
trizes realmente precisam ver a luz do sol”
Noe Serpa… o sangue que você me fez derramar talvez já não doa mais.
Naquela tarde, Inês ligou para Dionisio, combinando um horário e local para conversarem. Então, disse a Santiago: “Você pode buscar o Amado na escola mais tarde? Vou passar para ver Dionísio no caminho.”
“Já decidiu?” Santiago perguntou, parado atrás dela.
Inês não olhou para trás, sua silhueta esbelta abriu a porta do estúdio e saiu.
Dionísio, após desligar o telefone, imediatamente ligou para Noe Serpa: “Sua ex–mulher mudou. de ideia.”
Noe Serpa estava assinando documentos e riu desdenhosamente: “Oh.”
Dionísio riu. “Por que esse tom tão frio agora?”
Noe Serpa não disse nada, apenas ouviu enquanto Dionísio ditava um endereço do outro lado da linha e depois respirou fundo, levantando–se: “Então, vou passar por lá.”
“Esteja preparado para um banho de água quente“, alertou Dionisio, assobjando. “Sr. Serpa, você está preocupado com sua ex–esposa?”
Noe Serpa sentiu uma pontada no peito e respondeu com sarcasmo: “Não faça perguntas sem sentido. Parece estúpido insistir.”
Dionísio ficou em silêncio. Depois, Noe Serpa se levantou, arrumou as roupas e ligou para a recepção. “As oito da noite, reserve um lugar para mim no HOF, para duas pessoas, sim, não no salão principal.”
Depois, ele fechou os olhos e os abriu lentamente, como se estivesse tomando fôlego. Em um instante, um turbilhão de emoções frias passou por seus olhos.
Inês, estou curioso para ver até quando você manterá essa pose!
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Inês chegou à entrada do HOF às sete e quarenta da noite. Santiago tinha acabado de buscar Amado e levou–a até lá.
Amado baixou a janela do carro e disse: “Mamãe, volta logo, tá?”
Inês acariciou seu rosto: “Mamãe volta assim que terminar, você vai com o tio hoje.”
O menino acenou com a mão: “Tchau, mamãe!”
Depois de ver o carro se afastar, Inês respirou fundo e entrou no HOF. Um funcionário que a viu entrar aproximou–se respeitosamente e perguntou: “A senhora é a Sra. Guedes?”
Inês ficou surpresa ao ser recebida assim que entrou, e eles a guiaram por um corredor em direção à sala reservada. A decoração deste restaurante era extremamente elegante, como al de uma mansão aristocrática europeia. Até mesmo o corredor estava exuberante, com os lustres brilhando nas paredes. Um funcionário parou diante de uma porta e se virou para ela com cortesia. “Por favor, entre, Sra. Guedes.” Inês agradeceu e empurrou a porta.
Mas ao ver quem estava sentado lá dentro, ela simplesmente congelou.